Depressão: diagnóstico e tratamento
- JAELSON SANTOS
- 2 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de ago. de 2024

Indivíduos acometidos de transtorno depressivo, muitas vezes sofrem forte estigma social. Frequentemente são vistos como preguiçosos, fracos ou que estão com “frescura” por familiares, amigos e até profissionais de saúde. Muitas pessoas que buscam ajuda nos atendimentos da atenção primária da saúde pública, são negligenciados por não terem noção do que se passa com sua saúde mental.
Um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indica algumas dificuldades no diagnóstico da depressão por profissionais da atenção primária de saúde. As dificuldades passam por como diferenciar os sintomas de uma tristeza cotidiana normal, dificuldade de identificar os sintomas quando acompanhados de doença física e os variados tipos de queixa e dores relatados pelos pacientes.
Em outro estudo da OMS relata crenças equivocadas que atrapalham os profissionais a reconhecerem adequadamente pacientes com depressão, tais como: “depressão é fraqueza”, “é consequência natural do envelhecimento”, “só depende de você, precisa de força de vontade”, “você só está estressado, retorne daqui a dois meses”. A depressão é muito mais complexa do que uma tristeza profunda, ela tira do sujeito as energias e o prazer de viver e precisa ser tratada com intervenções psicoterápicas e, em alguns casos, com medicação.
DIAGNÓSTICO
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), descreve minunciosamente a depressão. Além de humor deprimido, a manifestação de outros fenômenos, como alteração de apetite, alteração do sono, culpa excessiva, agitação, fadiga, diminuição da autoestima e ideação suicida, são alguns sintomas que definem o quadro depressivo e suas várias subdivisões, que se diferem por questões de duração, tempo e origem.
Os sintomas podem se apresentar em qualquer época da vida e podem variar de intensidade e duração, podendo retornar no futuro mesmo após remissão de sintomas. O diagnóstico é feito por um profissional de saúde mental capacitado, pois problemas médicos e psicológicos podem causar sintomas semelhantes. A partir de um trabalho clínico minucioso e a utilização de alguns testes psicológicos, o profissional irá investigar os sinais e sintomas apresentados para um diagnóstico diferencial em conformidade com o DSM-5.
TRATAMENTO
